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O que já está ruim pode piorar. Um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) alertou que as ondas de calor vão ficar piores do que o previsto, especialmente na Amazônia, boa parte da América do Sul - incluindo o Brasil - Austrália, norte do Canadá e norte da Europa.

 

Segundo Kai Kornhuber, os modelos apresentam características de subestimação devido a fatores como bloqueios atmosféricos persistentes e baixa umidade do solo e da vegetação. Se a frequência das temperaturas máximas diárias de um determinado local for representada graficamente, sua distribuição será uma curva em formato de sino, com alguns extremos distantes. Com o aumento da temperatura média ao longo do tempo, essa curva se desloca lateralmente.

 

Não é que os modelos climáticos sejam ruins; pelo contrário, eles conseguem capturar as tendências gerais. O problema é que eles apresentam dificuldades em prever as interações complexas entre seca, calor e evaporação.

Os modelos climáticos subestimam a intensidade e frequência das ondas de calor devido a dificuldade de prever todas as interações complexas que envolvem os eventos extremos.

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